Os Pais Autocráticos
Há vários estilos disciplinares
por parte dos pais. Os pais autocráticos
são ditadores no lar. “É do meu jeito ou rua”, afirmam certos pais, em termos
bem claros. Repetidas vezes, os filhos ouvem de pais e mães autocráticos: “Você
vai fazer isso do meu jeito, senão...”, ou “Não pergunte por quê! Porque eu
disse e está acabado!” Os pais autocráticos são fortes na disciplina de castigo
e ameaça, mas fracos em relacionamentos. Eles têm um nível elevado de
exigências, e um nível baixo de sensibilidade.
George Brackman, um conselheiro
familiar, diz que os pais autocráticos emitem ultimatos aos seus filhos, tais
como: “Faça isso, senão...!” “Não há discussão ou respeito pela posição ou pedido
do filho... não há espaço para acordo”, escreve o Dr. Brackman. Os pais
autocráticos “dão ordens e esperam obediência imediata – sem perguntas a
fazer”.
Os pais autocráticos tendem a
desenvolver filhos que se ressentem da autoridade e são limitados na auto-expressão.
Os adolescentes que convivem com pais autocráticos frequentemente se tornam
rebeldes. A frustração se desenvolve quando a criança se torna mais velha e o
estilo autocrático não funciona mais. Porém, pelo fato de as linhas de
comunicação não terem sido estabelecidas entre o pai autocrático e seu filho,
há somente o silêncio – frequentemente repleto de mágoa e ira.
Os Pais Permissivos
Os pais permissivos se orgulham de construir relacionamentos, mas são
fracos em prover a disciplina que guia, estabelece os limites necessários e
desenvolve a segurança na criança. Uma mãe permissiva poderia dizer: “Amo tanto
os meus filhos que não consigo castigá-los”. Ela cometeu dois erros. Primeiro,
está confundindo castigo e disciplina, e, segundo, acredita que castigo e amor
são opostos.
Além de serem não-punitivos, os
pais permissivos apresentam várias outras características. Eles realmente não
querem estar no controle, e prefeririam que os filhos regulassem seu próprio
comportamento. A razão prevalecerá sobre o poder na atitude de um pai
permissivo. Os filhos não terão mais – se alguma – responsabilidades domésticas
casos os pais sejam permissivos. Eles se desenvolverão como pessoas impulsivas,
e, mais tarde, ficarão chocados ao descobrirem que seus “chefes” nem sempre os
consultarão sobre toda decisão política.
Os Pais Indiferentes
O amor é o oposto do terceiro
estilo de criação de filhos, os pais
indiferentes. Esses pais são fracos tanto na construção da disciplina
quanto do relacionamento. O que o filho ouve desses pais é: “Eu não me
importo”. Os pais indiferentes vão desde não estar envolvidos com seus filhos
até a total negligência. Eles minimizam a interação com seus filhos, que por
sua vez crescem e se tornam execessivamente exigentes. Eles carecem de domínio
próprio e se recusam a agir até mesmo de acordo com os padrões e regras
razoáveis. Também se mostram agressivos.
Os Pais Relacionais
Pais relacionais cuidam o
suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem a verdade disciplinar
vital de que as regras sem o
relacionamento produzem rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo
leva à raiva. Muitos filhos são rebeldes e raivosos porque são criados por pais
que não são relacionais.
Anteriormente, consideramos pais
que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade sem ser autocráticos. Eles têm o equilíbrio de ser
exigentes e sensíveis. A pesquisadora
da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses pais utilizam
métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de meramente
punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle sobre seus
filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em flexibilidade. Eles
colocam limites, mas promovem a independência. Os limites definem o “campo de
jogo”, a “arena de atividade”, em vez de serem cercas que aprisionam. Os pais
relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os motivos por que as
exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o diálogo, para que o
filho seja capaz de expressar a sua opinião.
A pessoa desenvolvida por pais
assim sabe como fazer parte de um time. O filho desenvolve a confiança em si
mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser agitado e de desenvolver
quando adulto sempre uma busca por “pastos verdejantes”, seja no casamento ou
no trabalho, as pessoas criadas por pais relacionais com autoridade tendem a
ser pessoas satisfeitas.
Há uma grande quantidade de
pesquisas e bibliotecas de livros do tipo “como dizer” sobre criar filhos. Mas
se quisermos nos tornar pais que se relacionam bem com os nossos filhos
corretamente, exercer a autoridade, mas sem tirania, e disciplinar de maneira
eficiente, então precisaremos de sabedoria, inspiração e amor sobrenaturais. O
nosso relacionamento com Deus determinará a qualidade do nosso relacionamento
com nossos filhos.
Texto extraído da obra “Os 10 mandamentos da Criação dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer para Criar
Ótimos Filhos”, editada pela CPAD.