quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

ÁGUAS AMARGAS DE MARA

FIQUE LONGE DAS MURMURAÇÕES!

Esta palavra poderá ser um “divisor de águas” em nossas vidas; por isso vamos ver o contexto histórico deste episódio.

Isso aconteceu logo após o povo hebreu ter sido liberto da escravidão egípcia.

E o que aconteceu? Faraó, inconformado, apesar das dez pragas sofridas s0bre o Egito, saiu nas pegadas dos israelitas, a fim de trazê-los de volta para servirem de mão de obra escrava, como dantes.

Nesta perseguição, o povo hebreu se encontra numa aparente armadilha que parecia sem saída. Cercado por todos os lados, só tinham duas saídas:

1 – Se entregavam novamente á Faraó

2 – Atravessavam a nado o mar Vermelho

Então, a despeito das murmurações daqueles que estão sempre de plantão escalados pelo diabo, Moisés estende seu cajado e as águas do mar Vermelho, surpreendentemente, se abrem e o povo passa a pés enxutos. Mas o exército de Faraó, indo em perseguição aos Hebreus, perecem quando chegam perto deles, não podendo os alcançar perecem nas águas que se fecham a mais ou menos 30 metros de profundidade.

Isso nos parece uma simbologia com o sangue de Jesus, que nos purifica de todos os nossos pecados, ainda que sejam os mais terríveis; e aí, como Miriam, fazemos uma festa e uma cantoria gloriosa, como as pessoas novas convertidas fazem quando recebem a Jesus. E cantamos: “Livre estou, livre estou porque o sangue de Jesus me libertou”.

O PROPÓSITO DE DEUS

Porém, a história não termina aqui. O verso 22 diz: “Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho e saíram para o deserto de Sur e caminharam três dias e não acharam água.

Sabemos que Deus guiava o seu povo no deserto, por uma coluna de fogo a noite e uma nuvem pelo dia. O povo não se movia se a nuvem não se movesse; eles só andavam se a nuvem andasse. Por isso preste atenção: A nuvem os guiou durante três dias sem água e por fim à um lugar onde só tinha água amarga. E por que Deus faria isto com o povo que se chamava pelo seu nome, e que era como a menina dos seus olhos?

Muitas vezes nós não entendemos os propósitos de Deus, mas logo ali na frente o endenderemos. Deus não se engana. Ser guiado pela nuvem de Deus nunca termina mal.
Imaginem: até parece que Deus tem prazer em ver os seus filhos passarem trabalho; olhem esta multidão de cerca de dois milhões de pessoas: Idosos, gestantes, crianças, pessoas doentes, e todo o tipo de dificuldades para caminhar pelo deserto com esta gente toda, imagina? Crianças pedindo água e os pais dizendo “só um golezinho, depois não tem mais”.

Por que Deus os estava guiando por três dias pelo deserto sem água?
Porque Deus nos leva por estes desertos em nossas vidas com tamanha sequidão, nos não podemos entender.

POR QUE ÁGUAS AMARGAS?

O verso 23 diz: “Afinal, chegaram a Mara; todavia não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara.

As águas de Mara existem até hoje. Era um oásis no meio de muita areia quente. Ao ver esse oásis, o povo deve ter dito: “Glórias a Deus! Enfim água para beber! É coisa de Deus, porque a nuvem parou bem em cima das fontes!”

Muitos se abaixaram e provaram da água. E o que acontece? Eles cospem a água e dizem que isso é intragável. Dizem: “Onde nos trouxeste, Moisés?” Conforme diz no verso 24: “E o povo murmurou contra Moisés dizendo: O quem haveremos de beber?”

E diante desta situação. o que Moisés faz? O verso 25 nos mostra que Deus fez um tremendo milagre: Deus mostra um galho de árvore caído no chão e pede a Moisés que o jogue naquela água, e ela ficou doce. Mas depois ela voltou a ficar amarga, e até hoje, essa água continua amarga.

Os cientistas fizeram uma análise daquela água e constataram que ela é 100% potável. Ela é amarga porque está cheia de minerais que são medicinais. Por ex.: Um dos minerais que lá estão se chama Dolomita, que é muito bom para os batimentos cardíacos, e principalmente para quem vai fazer longas caminhadas por um terreno, como o que o povo hebreu estava viajando.

Outro mineral que tem em abundância naquela água é Magnésio. EX.: quando estamos com problemas de estômago receita-se o quê? Geralmente, leite de magnésio!

Mas por que tudo isso? O povo hebreu havia sido escravo por 400 anos, e beberam das águas poluídas do Nilo e outras fontes, e por consequência sofriam de muitos problemas instestinais e estomacais, por terem adquirido muitos parasitas.

Agora podemos entender porque Deus os havia deixado com sede durante três dias? Para que eles bebessem aquelas águas mesmo que fossem amargas, pois cremos que era para curá-los dos parasitas e doenças que haviam adquirido do Egito. Deus tem que nos dar águas amargas para nos curar de parasitas adquiridos neste Egito de nossa época. Deus provocara sede em seu povo por isso. Deus queria que seu povo humildemente dissesse assim: “A nuvem parou aqui, as águas são amargas, mas não importa. Vamos beber porque certamente esta é a vontade de Deus para as nossas vidas.”

DEUS SABE O QUE FAZ

Agora vejam o versículo 26, que diz: “(…)Nenhuma enfermidade virá sobre ti das que enviei sobre os Egípcios(…)

Viram o que Deus havia preparado para o seu povo? Cura. Mas quem disse que eles quiseram alegremente tomar das águas amargas? Correram, colocaram na boca os primeiros goles de água e cuspiram, vomitaram e depois murmuraram contra Moisés, o servo de Deus (V. 24).

Para eles, “É sempre o lider que está errado”. Mas Moisés não era culpado de nada, pois a nuvem é que tinha parado lá; foi Deus que os tinha levado para lá. Deus os estava provando com o bem, porque ele não nos prova com o mal.

O que estava acontecendo com o povo de Israel não era um ataque do maligno, mas era uma provação benéfica vinda de Deus para curá-los, para tratá-los. Era amargo, sim, mas era tratamento de Deus. Conforme é visto no Verso 25: “(..) E ali os provou (…)

Mas eles não quiseram, bateram o pé e colocaram Deus na parede, não quiseram da água amarga.

Talvez vocês já devem ter ouvido essa afirmação: “Determinamos e não aceitamos isto; desafiem a Deus, senão Ele não te ouve”. É basicamente o que os israelitas fizeram…

O que Deus fez então? Deu-lhes um milagre paliativo. Ou seja, o povo abortou o melhor de Deus, o milagre maior. Não foram curados das doenças do Egito, pois a água tronou-se doce e portanto não era mais medicinal. Deus falou a Moisés: “Tudo bem, pode jogar aquele galho na água”. Moisés jogou, a água ficou doce, e perdeu seu valor medicinal.

Deus deu a eles um milagre paliativo, mas não era o Seu melhor.

Muitas vezes pedimos que Deus nos trate a nos faça melhor, porém quando Deus começa a agir, gritamos, esperneamos, para não tomarmos “água amarga”. Aí Deus nos dá um milgare paliativo. Eles trocam o milagre da cura por um simples analgésico, que só tira a dor, mas não cura a enfermidade.

E sabem qual era o mal daquele povo? Eles tinham saído do Egito, mas o Egito não havia saído deles e, para piorar, tinham trazido as doenças do Egito, no qual Deus os queria curar. Este é o mal de muitos crentes hoje. Eles saíram do mundo, mas o mundanismo não saiu deles.

Se Deus te der um remédio amargo, não o rejeite, pois é para cura e não paliativo.

Cuspir e vomitar é dizer: "Não quero este tratamento! Quero somente um milagre doce". Não, queridos. Nossa reação deve ser: “A nuvem parou aqui nessas águas amargas, então eu vou bebê-las pois eu sei que é para o meu bem, eu a bebo ainda que seja amarga, mas sei que Tu estás nesse negócio”. Obedecer a Palavra do Senhor é sempre a melhor opção.

Deus nos liberta do pecado através do sangue de Jesus, mas só tira o mundanismo de dentro de nós através dos tratamentos aos quais Ele nos submete. Agora Deus lhes dá os estatutos e o tratamento. Eles passaram do teste? Não.
O Egito não saiu de dentro deles, por isso morreram no deserto. Em vez de ficarem 40 dias no deserto como Jesus ficou (mas saiu), eles fizeram do deserto sua morada e lá morreram.

A questão, queridos, não é se vamos ou não passar pelo deserto. Todo cristão passa um tempo pelo “deserto”. A pergunta é: quanto tempo você vai ficar no deserto, 40 dias ou 40 anos? O plano de Deus é só alguns dias, mas quando a pessoa fica cuspindo fora os tratamentos de Deus, não se quebrantam, não recebem com alegria as correções que o Espírito Santo está trazendo; a pessoa fica abortandp a graça de Deus, fica vivendo de milagres alternativos, fica vivendo dentro da permissão de Deus mas jamais dentro da vontade de Deus, somente assistindo os milagres: rocha que brota água, maná que cai do céu… Porém não sai do deserto; acaba morrendo sem entrar na plenitude da verdadeira vida cristã vitoriosa sobre o pecado e o homem.

Deus não nos fez para viver no deserto, Deus quer que você passe somente 40 dias no deserto, tome o remédio amargo e parta para a terra de Canaã, afim de derrubar os gigantes e conquistar a terra que mana leite e mel. Quero encorajar a todos vocês.

Todas as pessoas que cuspiram da água amarga que Deus lhe dera para beber, ficaram amarguradas, amargas com Deus, com Moisés, com a sua liderança, com todo o mundo.
Mas todas as pessoas que tomam até águas amargas em obediência ficam pessoas doces, tratadas e livres do Egito.

O verso 26 diz: “(…) Se fizerem o que é reto diante dos olhos do Senhor(…)”. Ele sempre tem o melhor preparado para o seu povo; Deus é pai e não padrasto.

Vejamos o verso 27: “Então chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto ás águas.”

Queridos, olha o que Deus tinha preparado para o seu povo. Era o que jamais imaginavam:

1 – Três dias de caminhada no deserto para provocar sede, a fim de que eles bebessem das águas curadoras de Mara.

2 – Depois da cura, Deus a pouca distãncia tinha doze fontes de águas doces para todo o povo. Não uma só fonte, mas doze!

3 – Deus tinha preparado 70 palmeiras para que pudessem se refrescar na sombra.

Que tristeza. Deus tinha planos tão altos com aquele povo, curá-los, saciar a sede, dar sombra e fazê-los entrarem vitoriosos na terra de Canaã. O que eles fizeram? Murmuraram, não tomaram o remédio amargo, beberam água doce antes da hora, não ficaram sarados.

CONCLUSÃO

O deserto não é a nossa morada, mas muitos morrem nele, porque não querem tomar das águas amargas; e aí os males do Egito nunca irão sair deles, e por isso acabarão morrendo no deserto, e lá serão enterrados.
Mas você, ó Josué, ó Calebe, você verá esta terra. Porque é obediente e fiel.
A escolha é nossa: águas amargas ou milagres paliativos? Águas curadoras ou doenças do velho egito?




Retirado de: http://centroobpcsbc.wordpress.com/2011/06/19/as-aguas-amargas-de-mara/