terça-feira, 25 de maio de 2010

Síndrome do ninho vazio


Mulher,o que é o Sindrome do ninho vazio?



Você criou os filhos para o mundo, mas nunca imaginou que sofreria tanto quando eles realmente partissem. A casa está vazia e não há mais ninguém para devorar seus bolos de chocolate em segundos ... e agora? (Paula Balsinelli)

A Síndrome do ninho vazio não é considerada uma doença física ou psíquica, mas sim, uma profunda tristeza que algumas mães ou pais enfrentam quando os filhos deixam o lar, por motivo de estudos, trabalhos, casamentos, entre outros. E aquele sentimento de vazio e até mesmo de inutilidade começa a aparecer na vida do casal, apesar do orgulho e da sensação de missão cumprida.

Ana Cristina Gonçalves, psicóloga, diz que a Síndrome do Ninho Vazio é um problema bastante comum, e que “acontece principalmente com mulheres que não desenvolveram outro papel, senão o de mãe”.


“ É uma fase complicada principalmente para as mulheres que passaram vinte e poucos anos de suas vidas dedicando-se exclusivamente aos filhos: quando eles vão embora, elas perdem o chão.”


Em uma reportagem publicada na revista VEJA, a psicoterapeuta Lídia Aratangy, especialista em família, diz que essa situação corriqueira na vida familiar -quando os filhos tornam-se independentes e partem para outra moradia- pode converter-se até mesmo em fonte de um problema de saúde e desencadear outros males, além da síndrome do ninho vazio, como alergia, dermatite, distúrbio intestinal, dificuldade respiratória ou febre sem motivo aparente como também depressão.

A síndrome é de difícil diagnóstico, mascarada pelas pequenas moléstias que surgem em decorrência da somatização dos sentimentos. Para agravar ainda mais a situação, a saída dos filhos coincide na maioria das vezes com a chegada da menopausa e o confronto com o início da velhice.

De acordo com a também psicóloga Magdalena Ramos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, caso a relação do casal esteja fortemente apoiada na presença dos filhos, poderá ocorrer uma agravante: o casamento fica sem sentido e o desgaste aflora. Para Lídia, “o importante é conversar muito sobre o assunto e não reprimir o que se está sentindo, aceitar a tristeza e os sentimentos opostos. Depois passa. Pois a vida é uma contínua transformação”. Magdalena ressalta que mais tarde, com a chegada dos netos, o homem e a mulher descobrirão novas emoções, resgatando a sensação de ser imprescindível e reconquistando o amor-próprio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário