Tabita não era convertida. Simplesmente vivia sua vida pagã sem dedicar sequer um pouquinho de seu tempo à igreja. Mas tinha um viver diferente das demais pessoas.
Pela manhã, quando saía para providenciar o desjejum, sempre encontrava algum necessitado pelo caminho dando-lhe oportunidade para manifestar seu primeiro gesto de amor do dia. Dava-lhe um pedaço de seu pão e aconselhava o necessitado a procurar um modo de vida mais produtivo.
Durante o dia, Tabita era confrontada freqüentemente com as oportunidades de ajudar os vizinhos. Costurava roupas para as mulheres, providenciava alimento para os trabalhadores e até curativo nas feridas dos doentes ela fazia. O orgulho de Tabita era servir ao próximo. E o melhor de tudo é que ela fazia tudo espontaneamente, sem o invólucro inconveniente da religiosidade. Servia por amor ao semelhante.
Um dia Tabita foi acometida de uma doença repentina, um enfarto fulminante que ceifou sua vida. Os vizinhos ficaram inconsolados. E agora, quem ia lhes dispensar aquele amor? Perguntavam uns aos outros. O desconforto foi tão grande que criaram uma comissão para procurar um profeta. Talvez o profeta pudesse ressuscitar Tabita.
Quando chegaram à presença do profeta, foram logo justificando: _Nossa maior protetora morreu subitamente, a doença conseguiu ultrapassar as muralhas de sua fortaleza. Precisamos de ajuda.
O profeta decidiu ir ao socorro daquele povo contrito, mas não conseguiu entender essa estória de fortaleza. Então perguntou a uma criança que acompanhava o grupo: _Que estória é essa de fortaleza? Ao que o menino respondeu, explicando: -É que dona Tabita dava tanto amor ao povo, que acreditávamos haver uma fortaleza ao seu redor, uma fortaleza de amor.
De fato, o profeta chegou na casa de Tabita, orou e trouxe de volta seu fôlego de vida, dando margem ao povo de acreditarem que prevaleceu em Tabita a fortaleza que ela criara ao seu redor. A bem da verdade foi essa fortaleza que moveu o povo a buscar ajuda no profeta para uma missão tida como impossível.
Se esta estória parece estranha para você, se você acha impossível que um profeta possa orar e trazer de volta a vida de um defunto, ou se você simplesmente não acreditou que exista alguém capaz de erguer uma fortaleza de amor em seu redor, leia a bíblia, em (At 9. versículos 36 a 41).Neste dia das mães, nossa homenagem às Dorcas, Dinás, Déboras, Sunamitas e outras semelhantes que nos ensinam diariamente a construir nossa fortaleza de amor,
Lúcia Izidoro
Nenhum comentário:
Postar um comentário